sábado, 10 de março de 2012

O tempo não para!

“Ninguém entra num mesmo rio uma segunda vez. Pois quando isso acontece já não se é o mesmo, assim como as águas que já serão outras. Foi um filósofo grego que viveu no século V AC (século quinto Antes de Cristo), Heráclito de Éfeso, quem fez essa formulação que até hoje nos fascina: ‘o fluxo eterno das coisas, é a própria essência do mundo’, apontou Heráclito.

E se ainda hoje ficamos espantados com isso é porque nos apegamos teimosamente ao que já passou, esperando no fundo que tudo permaneça igual.


Então, é necessário um filósofo da antiguidade ou um escritor contemporâneo pra nos fazer entender que nada é permanente, a não ser a mudança.


Olha só, eu separei aqui um trecho do ‘Grande Sertão’ onde o Guimarães Rosa, fala um pouco sobre isso, olha só que beleza:


“O mais importante e bonito do mundo é isto, que as pessoas não são sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando, afinam ou desafinam, verdade maior. É o que a vida me ensinou...”


Não é incrível?


O filósofo flagra a fluidez e o escritor se maravilha com isso. 


“É o mais bonito da vida”, diz Guimarães Rosa.


É uma celebração do movimento, não é um lamento. O tempo não pára. E isso é belo. Então, semana que vem, nós nos encontraremos aqui, e eu serei outro, e vocês também.”



(Personagem de Leonardo Medeiros, Lourenço, novela "A vida da Gente" - Autores: Lícia Manzo/Marcos Bernstein)

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