quarta-feira, 20 de março de 2013

LÍNGUA INGLESA PODE SER RETIRADA DO CURRÍCULO ESCOLAR




A língua inglesa pode ser retirada do currículo Escolar brasileiro a partir de 2015, se a Câmara dos Deputados, em Brasília, aprovar um projeto que considera o Ensino da disciplina irrelevante, ou seja, sem nenhuma importância para o currículo educacional.


O projeto inicial do deputado federal Francisco Praciano (PT), membro titular da comissão especial que foi criada para promover, apresentar e debater propostas para a reformulação do Ensino médio, foi aprovado ontem.

A comissão parlamentar pede ainda uma audiência pública para debater o que o Praciano chamou em seu relatório de “notório fracasso do processo de Ensino-aprendizagem de língua estrangeira nas Escolas do Ensino médio do nosso país”.

No pedido de audiência pública, o deputado amazonense transcreveu alguns trechos dos parâmetros curriculares nacionais para o Ensino médio, mas criticou severamente a forma como a disciplina vem sendo lecionada em sala de aula.

“É público e notório o descaso com o Ensino de língua estrangeira nas Escolas do Ensino médio. Na verdade, o inglês é hoje um mero acréscimo, principalmente nas Escolas da rede pública, onde tem carga horária reduzida, deficiência quanto à formação de Professores, ausência de um ambiente propício para o aprendizado da língua em razão, principalmente, da superlotação das salas de aula, além de material didático reduzido, que em regra se resume ao pincel e livro didático”, criticou o parlamentar.

Segundo o secretário do Fórum de Educação do Amazonas, Paulo Henrique Gravata, criticou a atitude do parlamentar, explicando que a retirada da disciplina pode significar em um duro golpe aos cerca de 800 profissionais que são formados todos os anos pelos centros de Ensino superior no Estado.

Gravata explicou ainda que, de acordo com a nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB), o Ensino de língua estrangeira é obrigatório no Ensino fundamental a partir do 5º ano, mas deixa brechas quando diz que a lei deve ser cumprida dentro das disponibilidades da instituição, sendo assim não está havendo a motivação necessária para o Ensino de uma segunda língua no Ensino público, havendo assim um desinteresse do próprio Aluno em relação à presença na grade curricular.

“Se for aprovada essa retirada, o resultado mais imediato é a redução no total de empregos disponíveis na capital e interior. Por isso entendemos que, em vez de retirar a língua inglesa, deveria se pensar em ampliar os investimentos na qualidade do Ensino dessa disciplina”, criticou.

Atuando na área há 10 anos pelo Estado, o Professor Carlos Eduardo Fontenelle, também foi um dos que criticaram a falta de estrutura dada à disciplina. Segundo ele, os graduados na língua não se sentem motivados a seguirem com a sua formação para obterem mais sucesso em sala de aula, o que contribui também para a decadência da disciplina.

“Mas muitas vezes o Professor de inglês não é fluente na língua, limitando assim seus recursos, utilizando deste modo a gramática e a tradução de uma maneira isolada, o que torna a aula monótona, pois não utiliza os recursos para motivarem os Alunos, de modo que eles acabam se desinteressando pela disciplina”, explicou. 


Fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br

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