Muitas vezes, existem duas, três ou mesmo quatro.
Todas vêm de gerações diferentes.
Atravessam oceanos de tempo e profundidades celestiais para estarem conosco novamente.
Vêm do outro lado, do céu.
Podem parecer diferentes, mas nosso coração as reconhece.
[...]
Há entre elas e nós um laço eterno, que nunca nos deixa sós.
A nossa mente pode interferir. 'Eu não te conheço'. Mas o coração sabe.
Ele toma a nossa mão pela primeira vez, e a lembrança daquele toque transcende o tempo e faz disparar uma corrente que percorre todos os átomos do nosso ser.
Ele olha em nossos olhos e vemos um espírito que nos vem acompanhando há séculos.
Há uma estranha sensação em nosso estômago.
Nossa pele se arrepia.
Tudo o que existe fora desse momento perde a importância.
[...]
Quando os dois se reconhecem, nenhum vulcão é capaz de explodir com força igual.
A energia liberada é tremenda.
O reconhecimento da alma pode ser imediato.
Uma súbita sensação de familiaridade, de conhecer aquela pessoa em níveis mais profundos do que a mente consciente poderia alcançar.
Em níveis geralmente reservados aos mais íntimos membros da família.
Ou ainda mais profundos.
Sabemos intuitivamente o que dizer, como ele vai reagir.
Um sentimento de segurança e uma confiança muito maior do que se poderia atingir em apenas um dia, uma semana ou um mês.
O reconhecimento da alma pode ser sutil e lento.
Um despertar da consciência à medida que o véu vai sendo aos poucos levantado.
Nem todos estão prontos para ver imendiatamente.
Há um ritmo nisso tudo, e a paciência pode ser necessária àquele que percebe primeiro.
Um olhar, um sonho, uma lembrança, uma sensação podem fazer com que despertemos para a presença do espírito companheiro.
O toque de suas mãos ou o beijo de seus lábios pode nos despertar e projetar-nos subitamente de volta à vida.
O toque que nos desperta pode ser de um filho, de um pai, de uma mãe, de um irmão ou de um amigo leal.
Ou pode ser da pessoa a quem amamos, que atravessa os séculos para nos beijar mais uma vez e lembrar-nos de que estamos juntos sempre, até o fim dos tempos."
(Brian Weiss)
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