Esses dias, estive lendo uma edição "antiga" da Revista Veja (07 de fevereiro de 2010) e me deparei com um dado preocupante: apenas 2% dos estudantes brasileiros cogitam a possibilidade de serem professores. Foi o que revelou uma pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas a pedido da Fundação Victor Civita.
Vale observar, no entanto, que esses 2% não decidiram ainda se assumirão a docência. A revista deixa bem claro: eles apenas cogitam a possibilidade de ingressarem no magistério. E ainda assim, enfatizam que não seguirão a profissão por se sentirem atraídos por ela, mas por ser essa provavelmente a única alternativa que têm para o ingresso no ensino superior. Na verdade, isso não é, para mim, nenhuma grande surpresa. A reportagem e a pesquisa apenas traduziram em números o que vemos todos os dias em nossas escolas.
Mas não é exatamente essa a minha preocupação. O que acredito ser o mais grave de tudo isso é que esse reduzido número de estudantes, que intenciona ser profissional da educação, apresenta em seus boletins as piores notas escolares.
Diante de dados tão negativos, fico aqui imaginando os professores que as nossas escolas terão no futuro. Imagino ainda a que ponto chegará a desvalorização do professor diante da sociedade e dos governantes. Se hoje a realidade educacional brasileira não se apresenta nada satisfatória, imagine como ficará diante desse triste cenário que se desenha.
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