Nos dias de hoje, para o professor, ter uma especialização em sua área de formação e/ou de atuação é, sem dúvida, fundamental para um melhor desenvolvimento do seu trabalho em sala de aula. Contudo sabemos que, devido a escassez de vagas nas universidades públicas e os altos custos nas faculdades particulares, muitos docentes acabam deixando de cursar uma pós-graduação que muito poderia enriquecer o seu currículo e, sobretudo, a sua prática pedagógica.
Vale ressaltar, porém, que para que aqueles que buscam e estão sempre atentos algumas boas oportunidades aparecem de vez em quando. É o que deverá ocorrer agora em 2011, quando a Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Norte (SEEC) pretende oferecer um curso de especialização para todos os 230 professores que lecionam a disciplina de Língua Espanhola a nas escolas de Ensino Médio da rede estadual de ensino.
O anúncio foi feito, na semana passada, pela Secretaria de Educação que afirmou que o curso, que terá 360 horas/aula, será totalmente gratuito e sem qualquer porva de seleção. O curso deverá ser realizado nas cidades pólos de: Natal, Mossoró, Currais Novos e Pau do Ferros, e será ministrado por uma instituição de nível superior a ser definida posteriormente por meio de Chamada Pública.
Fiquemos, portanto, atentos a novas informações que deverão ser divulgadas em breve pela SEEC, através das suas Diretorias Regionais (DIREDs). Aguardemos!
Cara amiga,
ResponderExcluirAproveito o espaço para fazer meu desabafo a respeito deste tema. No ano de 2007- 14/07 a 27/10- com carga horária de 120hs, a Secretaria de Educação do Estado ofereceu um curso de capacitação docente em língua espanhola para professores de língua inglesa e portuguesa tendo como instituição escolhida a UNP, de cujo grupo decente fiz parte. Após este curso, os professores foram destinados a assumirem, além das suas disciplinas, as de língua espanhola no ensino médio. Esta especialização que está sendo oferecida atente, portanto, a maioria dos professores que não tem formação em Letras com habilitação em língua espanhola, ou seja, aos professores que fizeram parte da 1ª etapa da capacitação.
A primeira vista parece uma ação positiva; no entanto, a Secretaria de Educação ignora a Lei nº 11.161, que dispõe sobre a obrigatoriedade da oferta do Espanhol pelas escolas de Ensino Médio. A Lei prevê um Plano de implantação da língua espanhola no ensino médio, nela rege que “as escolas precisam dispor de professores habilitados e qualificados, bem como contar com recursos materiais adequados que atendam aos objetivos propostos. (...) Entre as ações previstas, destacam-se: articular a ampliação da oferta de cursos e matrículas no ensino superior para a formação de professores de Língua Espanhola; fortalecer o programa de formação inicial e continuada (...)” (http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ai_ata171105.pdf). Ao meu entender, essa implantação exige formação superior (professores habilitados) e, no caso das escolas públicas, a qualificação pode ser verificada através de concurso público.
O que impede a Secretaria do Estado abrir concurso público para absorver tantos formandos devidamente graduados na área de língua espanhola? A própria UERN já formou muitos alunos com carga horária superior a 3000hs. Ouvi outra vez a seguinte justificativa: "A UERN ainda não formou alunos habilitados em língua espanhola suficientes para atender toda a necessidade do Estado do Rio Grande do Norte". Acaso a Secretaria pensa que se abrir concurso haverá somente candidatos deste Estado?
Francamente, não louvo esta postura do Estado; acho uma falta de respeito com os alunos da rede estadual, com os graduados nesta área e, principalmente, um descaso à Lei federal. Se existe um curso superior que forma alunos para serem professores de língua espanhola, porque “obrigar” professores com formação em língua portuguesa ou inglesa- já concursados- a assumirem esta disciplina? Não questiono aqui, em hipótese alguma, a competência dos professores que já ministram aulas de língua espanhola mesmo sem formação superior especializada, pois sei que se esforçam para fazer possível um ensino de qualidade mesmo sem a graduação nesta área; tantos, inclusive, que tive o prazer de conhecer durante o 1º curso de capacitação. Acho somente que devem permanecer em suas especificidades e não serem feitos de fantoches do Estado para mostrar números ao invés de qualidade.
Minha voz aqui se faz a voz de tantos alunos que já formei e que esperam apenas uma oportunidade para fazer valer o seu diploma de Letras com habilitação em língua espanhol. Acredito que a Secretaria de Educação deve uma resposta a todos eles.
Regiane S. Cabral de Paiva
(Professora de língua espanhola da UERN)
Concordo com o posicionamento da professora Regiane Cabral, espero que o estado do RN tome uma atitude a respeito desse assunto.
ResponderExcluirÉrica Lima.
Professora Regiane, meus parabéns pelo seu texto. Nós alunos de Letras com habilitação em Língua Espanhola, estamos totalmente decepcionados com o descaso que o ESTADO está tendo com os graduados. vamos a luta.
ResponderExcluir"Porque há o direito ao grito:então eu grito" (C.L.)! Seu grito, amiga, é de extrema importancia para todos os que fazem essa habilitação, por isso tem também o meu total apoio.
ResponderExcluirConcordo com tudo o que Regiane falou, pois como eu e entre outros colegas que já se formaram em Letras(espanhol), estamos sentindo na pele o descaso do Estado.Espero que seja feito algo para mudar esse quadro.
ResponderExcluirRoberta Rodrigues
Estoy de acuerdo contigo mujer.
ResponderExcluirMORIR DE AMOR
No es que diga que por ti me muero,
es que vivo por ti… y muero por eso;
y esta voz que te llama incesante y lejana
es que por ti vive mi alma.
No es que diga que por ti me muero
si los dos sabemos que yo sin ti me muero…
tú mueres por mí y que lo sepa el mundo entero.
Se nos va la vida muriendo de amor, pero…
si ese es nuestro destino, que es morir de amor
quiero yo… porque por ti yo muero y tú mueres por mí…
Me matas cuando te marchas y mueres cuando me alejo,
es que si de amor se muere, yo muero por ti cada vez
que sin ti me quedo…
Morimos de amor, morimos los dos de sentirnos tan lejos
muero al ver que no puedes tocar mi cuerpo…
morimos de amor, morimos por eso…
por este amor que sientes, por este amor de siempre.
Llora mi alma, lloro en sollozos por estar de ti ausente,
por no poder llenarte a besos…
morimos los dos… morimos por eso que… llaman amor;
y porque estás… tan, tan.. lejos.
Besos. profesora Aldair de la escuela José Nogueira
Regiane, muito obrigada por suas palavras!! Nós, professores graduados em Letras com habilitação em Língua Espanhola e muitos até com especialização em Docência da Língua espanhola, estamos decepcionados com a política que o estado vem adotando com relação ao ensino da Língua Espanhola nas escolas públicas do nosso estado.Gostaria muito de saber o pq de tanto descaso!!Infelizmente,os mais prejudicados nessa historia são os estudantes.....Não vamos ficar calados diante dessa situação!!! pessoal, vamos todos a luta!!! Vanúzia.
ResponderExcluirEu fiz parte da 1ª turma de graduados em Língua Espanhola da UERN (2003.2),ou seja, me formei antes do ensino do espanhol tornar-se obrigatório no ensino médio (lei 11.161/05). Atualmente sou professor concursado do Estado do Ceará. Concurso realizado em 2009, que ofereceu 17 vagas para todo estado. Gostaria de trabalhar no meu estado, mas foi preciso procurar trabalho em outro estado. Outra dificuldade, pelo menos lá no Ceará é a carga horária, que é apenas uma aula por turma, de modo que para completar minha carga horária de 40 horas tenho que dar aulas em 32 turmas.
ResponderExcluirReuwer Dantas
Mikelly
ResponderExcluirNossa querida Regiane sempre buscando melhoras para a eficácia do ensino de Língua Espanhola. Concordo plenamente com o posicionamento da mesma no que concerne a valorização dos profissionais com graduação em Língua Espanhola e acerdito que está medida adotada pelo Estado é uma falta de respeito para nós enquanto estudantes que buscam uma vaga no mercado de trabalho. Para você Regiane eu tiro o chapeu..Bjus