quarta-feira, 27 de junho de 2012

Frase do Dia

''Não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender''

(Paulo Freire)

Câmara aprova 10% do PIB para educação

Estudantes e movimentos sociais acompanharam a votação do PNE na Câmara
(Foto: Alexandra Martins/Agência Câmara)



Após 18 meses de tramitação, finalmente, a Câmara dos Deputados aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE), a proposta, aprovada por unanimidade, inclui uma meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, a ser alcançado no prazo de dez anos.


Esse era o ponto mais polêmico do projeto, após muitas negociações o relator apresentou um índice de 8% do PIB, acordado com o governo. Mas parlamentares ligados à educação e movimentos sociais pressionavam pelo patamar de 10%.

A proposta aprovada diz ainda que até chegar aos 10%, a aplicação deve ser no mínimo de 7% do PIB. Hoje o país aplica 5,1% do PIB no setor, incluindo recursos da União, dos estados e municípios. Para vigorar, o texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado.


Salários dos professores
Ainda nesta terça foi aprovada a meta de equiparação do salário dos professores ao rendimento dos profissionais de escolaridade equivalente. O relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT) previa a equiparação até o final da vigência do plano, que é de dez anos. A proposta, no entanto, estabelece a equiparação até o final do sexto ano do PNE.


Metas
O PNE estabelece 20 metas educacionais que o país deverá atingir no prazo de dez anos. Além do aumento no investimento em educação pública e a equiparação da remuneração dos professores com a de outros profissionais com formação superior, o plano prevê a ampliação das vagas em creches, a erradicação do analfabetismo e a oferta do ensino em tempo integral em pelo menos 50% das escolas públicas. Todos esses objetivos deverão ser alcançados no prazo de dez anos a partir da sanção presidencial.

Manifestantes comemoram elevação do percentual do PIB para educação. (Foto: Alexandra Martins/Agência Câmara)

A pressão dos estudantes
A conclusão da votação do PNE, adiada diversas vezes, se deu em parte pela pressão dos estudantes que lotaram o plenário da comissão. Uma caravana da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), com cerca de 200 alunos dos ensinos médio e superior, permaneceram na comissão durante toda a reunião pedindo a aprovação do projeto. 


O Plano Nacional de Educação está em análise na Câmara desde o final de 2010 e define diretrizes para a educação brasileira na próxima década, por meio de 20 metas. Elaborado a partir de 2.906 emendas apresentadas por parlamentares e entidades da sociedade civil, o relatório foi feito a partir do projeto de lei feito pelo Ministério da Educação e enviado ao Congresso pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2010. 

O texto, aprovado por unanimidade na comissão, segue para o Senado.




* Com informações colhidas no Jornal do Brasil.

IFRN: processo seletivo para estagiários

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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Frase do Dia

Eis a lição do nosso grande e querido Pedro Neefs...


"Toda religião que ensina o amor e o perdão é boa." 
(Pe. Pedro Neefs)

sábado, 23 de junho de 2012

O alto valor do auto* apodiense





Na verdade, eu já dei pessoalmente os meus parabéns ao Alex Cassiano, roteirista e diretor do espetáculo AUTO DE SÃO JOÃO BATISTA, apresentado ontem, à noite, no adro da matriz de Apodi. Mas faço questão de registrar aqui também meus cumprimentos a ele e toda sua equipe pelo belíssimo trabalho realizado que tornou o AUTO DE SÃO JOÃO BATISTA uma realidade em Apodi. 

Não preciso nem dizer que fiquei encantada com o espetáculo. Eu, não! Todos! 

Ao término da encenação, a plateia se encontrava em estado de êxtase. Parecia não acreditar no que seus olhos acabavam de assistir. 


Não foi à toa que a referida peça simplesmente fascinou a todo público presente nas duas noites de espetáculo. Com um magnífico roteiro, uma ótima iluminação e cenário, um rico figurino, além de uma belíssima trilha sonora, o AUTO DE SÃO JOÃO BATISTA, salvo as devidas proporções, nada ficou a dever ao Auto da Liberdade e ao Chuva de Balas, apresentados na vizinha cidade de Mossoró. 



Além do ineditismo daquela apresentação, pois jamais havia se presenciado um espetáculo daquela grandeza em nossa cidade, surpreendeu-nos bastante a qualidade da encenação, uma vez que sabemos do curto espaço de tempo disponível e das gigantescas dificuldades encontradas pelos organizadores para a produção do primeiro auto na cidade de Apodi. Isso sem falar no fato de que o elenco foi formado basicamente por jovens estudantes apodienses sem qualquer experiência teatral.

Mas Alex, o nosso Júnior Costa e toda trupe mostrou que, quando são dados apoio e oportunidades, pode-se fazer bonito e, mais do que isso, pode-se descobrir grandes talentos que encontram-se escondidos ou adormecidos em nossa cidade. 




É oportuno lembrar aqui que o AUTO DE SÃO JOÃO BATISTA não foi apenas uma mera apresentação teatral. Ele serviu muito mais do que se pode imaginar à primeira vista.  Se analisarmos com um olhar mais apurado, veremos que aquela encenação proporcionou aos jovens envolvidos uma experiência ímpar que poderá mudar de vez os rumos de suas vidas. Se você acha que estou exagerando, procure conversar com alguns daqueles garotos sobre o que aprenderam e vivenciaram durante o período de produção da peça. Observe a forma como, hoje, após essa vivência, eles veem o teatro, a cultura, a vida. Depois venha aqui e me desminta, se não perceber em seus olhares e em suas falas um brilho insólito de alegria.

O auto proporcionou ainda à nossa comunidade conhecer com mais profundidade e de forma lúdica, a história do seu próprio padroeiro, pois certa estou de que muitos pouco conheciam sobre a real biografia de João Batista.




Afora isso, aquela primorosa peça teatral pôde comprovar o que o nosso pároco, Pe. Maciel Rodrigues, tanto defende, e eu concordo: uma festa de padroeiro para ser bonita, bem participativa e fazer sucesso não precisa de grandes bandas, muito menos de bebida alcoólica.

Apodi mostrou isso durante todos esses dias. 

Ontem, quando olhei aquele público (mais de duas mil pessoas) ali, quieto, atento, com um ar de felicidade e contemplação ao assistir àquele espetáculo, tive certeza de que estamos no caminho certo. E é nele que devemos continuar. Afinal testemunhei em cada um daqueles rostos que o prazer e alegria que a arte proporciona, além de mais saudável, é muito mais intensa e duradoura do que a de qualquer droga, seja ela lícita ou ilícita. 




Ao Pe. Maciel, meus parabéns pela organização da festa de São João.

A toda trupe do AUTO DE SÃO JOÃO BATISTA, minha admiração pelo magnífico trabalho que culminou com aquele belíssimo espetáculo.

Aos apoiadores (comércio, indústria, ONGs, poder público, imprensa e demais colaboradores) meu muito obrigada, por tornar noites como a de ontem uma realidade em nosso município.

Como plateia, aplaudo a todos. Como cidadã agradeço. Como educadora, fico imensamente feliz com as portas que se abrem para a cultura e a cidadania de nosso município.

Que este seja apenas o primeiro de muitos eventos no calendário cultural de nossa Apodi. 




Fotos: http://apodiariooblog.blogspot.com.br



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* AUTO = Peça teatral em forma poética, de origem medieval, que focaliza temas religiosos e profanos. 




terça-feira, 19 de junho de 2012

Enquanto isso na sala de aula...


Aumento de carga horária nas escolas

O Ministério da Educação (MEC) preparou uma proposta direcionada ao Congresso Nacional com o objetivo de aumentar a jornada escolar. A meta é, em cinco anos, ampliar a duração da carga diária de aulas de quatro para cinco horas; em 10 anos, para seis, e em 15 anos, para sete. Paralelamente, o Plano Nacional de Educação propõe que 50% das instituições públicas de Educação Básica ampliem sua jornada até 2020.

Diante dessa demanda, se o projeto não for cuidadosamente planejado, pode haver risco de as crianças receberem um atendimento meramente assistencialista, fora do projeto pedagógico da escola e, às vezes, fornecido por quem não possui formação para lecionar. Além disso, há também as questões de aproveitamento do espaço e do tempo disponíveis.

O trabalho docente requer formação e qualificação na área de Educação, não deve ser exercido por profissionais de outras áreas ou por pessoas envolvidas em projetos de apoio à escola. Isso desqualifica os processos educacionais e a profissão de professor.

Consequência da proposta do MEC é a inserção de novas atividades educacionais nesse tempo extra. Portanto, pode ser necessária a contratação de profissionais não docentes. É imprescindível a integração constante entre estes, os professores e os demais membros da equipe pedagógica, de forma a garantir o desenvolvimento dos temas geradores, a continuidade do trabalho pedagógico e o alcance de seus objetivos.

Além disso, é importante reorganizar e reestruturar o espaço e o tempo, contemplando as atividades tradicionais e as que serão introduzidas no currículo.

O projeto poderá trazer muitos benefícios, pois, ao aumentar a permanência na escola, trará mais atividades que contribuirão para o enriquecimento da formação desses estudantes.




quarta-feira, 13 de junho de 2012

Um meio ou uma desculpa


6º Seminário Prazer em Ler







Confira a programação do 6º Seminário Potiguar Prazer em Ler, dias 06 e 07 de agosto, no Cemure, em Natal. Grandes nomes estarão presentes. Vagas conforme distribuição entre as instituições parceiras. Confira os detalhes na agenda do site: http://ww.escolasleitoras.org.br/

Pense nisso!


TJRN confirma: FUNDEB é para docentes



Os desembargadores da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte não deram provimento a um recurso, movido por servidoras do município de Parnamirim, as quais alegavam ser beneficiárias de recursos advindos do FUNDEB.

Entre as razões, as autoras da Apelação Cível n.º 2012.000461-0 argumentaram que 60% do fundo são voltados à remuneração dos profissionais do magistério e dos que exercem atividades técnico-administrativas e de apoio.

Segundo as autoras, o benefício deve ser concedido já que exercem o cargo de auxiliar de creche, lotadas na atividade de atendimento a crianças de 0 a 6 anos em creches públicas, no Município de Parnamirim/RN.

No entanto, a decisão na Corte potiguar, que manteve a sentença inicial, ressaltou que a recepção dessa gratificação encontra-se condicionada ao desempenho das atividades em sala de aula ou de suporte pedagógico.

Uma condição definida pelo Conselho Nacional de Educação, que fixou diretrizes para os planos de carreira do magistério e, desta forma, considerou como integrantes dessa categoria tão-somente os profissionais que exercem atividades de docência e os que proporcionam suporte pedagógico, incluindo-se as atividades de direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional.

Ao analisarem a documentação dos autos, foi constatada a inexistência de provas de que as apelantes desempenham funções docentes ou de suporte pedagógico direto ao exercício da docência, que justifiquem a concessão do pedido.

Fonte: TJRN

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Mini história da educação no Brasil



O vídeo acima, chamado Mini história da Educação no Brasil , publicado inicialmente no blog Recursos Educativos Digitais, é um interessante material para refletir sobre história e educação no país. Vale a pena assistir!
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