TEMPOS MODERNOS E O FIM DO VERBO
Confesso-lhes minha indisposição para boates: antes mesmo da tragédia de Santa Maria-RS, que se diga.
Luzes estroboscópicas, sirenes, fumaça, músicas eletrônicas, gente gritando, pessoas batendo umas nas outras.
Gosto de música, mas não imponho a ninguém meus gostos. Gosto de gente, porém não obrigo ninguém a me aceitar.
Prefiro a música em espaços em que eu possa conversar. Nada, nenhuma tecnologia, substituirá o face to face, a prosa presencial.
Mas estamos permitindo que a "modernidade" nos tire um grande diferencial nosso, como seres humanos: o poder da intercomunicação direta.
Estamos suprimindo a própria fala.
Há algo mais estúpido nesses ditos tempos modernos?
No princípio foi o verbo e nosso fim será não ter o direito à fala?
É um grave problema. O que fazer?
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