quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Abrem-se as cortinas para o teatro potiguar no RJ


Peça Aurora Boreal será apresentada em espaço no Catete

O Grupo de Teatro O Pessoal do Tarará desembarca mais uma vez no Rio de Janeiro, para cumprir uma série de atividades com o espetáculo Aurora Boreal, de 14 a 28 deste mês. A primeira apresentação acontecerá na quinta-feira, dia 16, com o espetáculo Aurora Boreal, no Espaço Cultural Correia Lima, na Rua Bento Lisboa, 58, no Catete, às 19h30. Nesta ocasião, no famoso bairro do Catete, haverá uma bela noite mossoroense, já que após a apresentação de Aurora Boreal, o ator mossoroense radicado no Rio de Janeiro há mais de 30 anos, Antônio Ysmael, vai fazer uma participação especial, interpretando algumas canções ao piano, para a platéia presente.

Este ano, no mês de maio, O Pessoal do Tarará também apresentou espetáculos no Rio de Janeiro. “Apresentar no Rio de Janeiro é sempre uma alegria muito grande. Temos grandes amigos, parceiros, que residem lá, e isso já torna estas ocasiões especiais. Vamos rever o amigo Antônio Ysmael, dentre outros, estabelecer novas parcerias. E desta vez vamos só com Aurora Boreal, porque outra parte do grupo tem outros compromissos com o espetáculo Sem Palavras. O Pessoal do Tarará hoje é assim, pode estar em dois lugares, com espetáculos diferentes, ao mesmo tempo”, explica o diretor e ator Dionízio do Apodi.

AURORA BOREAL - Espetáculo onde O Pessoal do Tarará investe em uma dramaturgia própria, mas que é fortemente influenciada pela sua própria pesquisa, realizada ao longo de seus quase 10 anos de existência. A encenação, durante o processo de montagem, passeou por várias linhas de interpretação, passando também pela utilização de instrumentos musicais, trilha sonora, composição de cenários, teatro físico, até chegar ao desnudamento, onde o ator Dionízio do Apodi descobre que para levar este texto ao público, basta uma cadeira e a sua verdade. O grupo não quer defender a idéia de Teatro Pobre de Grotowski, mas parte dela, quando o mesmo diz que ‘no teatro, que tudo saia do ator’. Nesta montagem o grupo experimenta isso. Não há qualquer muleta, qualquer efeito, a não ser a presença do próprio ator.
10 ANOS – Para o mês de setembro O Pessoal do Tarará prepara uma grande novidade para o público mossoroense, dentro da programação de aniversário do grupo, que completará 10 anos no dia 13 de novembro próximo. “Não queremos adiantar porque pretendemos fazer uma grande surpresa, dando um grande presente para as artes mossoroenses. Mas estamos trabalhando num projeto, com calma, e que Mossoró tomará conhecimento agora em setembro”, explica o ator Maxson Ariton.

Aurora Boreal
Dramaturgia, Concepção Cênica e Atuação: Dionízio do Apodi
Iluminação: Dionízio do Apodi e Maxson Ariton

O que dizem sobre Aurora Boreal:
Aécio Cândido – vice-reitor da UERN
“Um texto de Dionízio do Apodi, jovem diretor do grupo e ator, um monólogo de caráter existencialista, em que a fidelidade a si mesmo é a luta mais ferrenha que o indivíduo trava. O texto de Dionízio se chama ‘Casca de Noz’ ou ‘Aurora Boreal’. O espetáculo do Tarará é muito bonito. Dionízio ainda encara com timidez o título de dramaturgo (confessa isto em entrevista ao Poranduba, jornal eletrônico de Mossoró - http://jornalporanduba.com), mas com este texto ele já se inclui entre os maiores autores de teatro do Rio Grande do Norte. É um texto maduro, dramaticamente denso, poético e profundamente emocionante. Provoca uma alegria imensa constatar que temos na praça um novo escritor, e de grosso calibre”.

Amir Haddad – diretor do grupo Tá na Rua (RJ):
“Quando eu vi O Pulo do Gato (em 2010) eu já tinha ficado muito impressionado com a capacidade de trabalho d´O Pessoal do Tarará. E agora, depois de ver Aurora Boreal e Sem Palavras, continuo com a mesma impressão: vocês não tem preguiça, o que é uma coisa rara. O Pessoal do Tarará tem vocação para o trabalho. Aurora Boreal e Sem Palavras são espetáculos corajosos e atrevidos, sem nenhuma marca de regionalismo. Eu fico intrigado, porque eu conheço Mossoró, já trabalhei lá há bastante tempo, é um lugar que eu me sinto muito ligado, e já quando eu vi vocês n´O Pulo do Gato eu disse: onde é que eu estava quando esses meninos começaram a fazer isso? De onde veio isso? Como é que em Mossoró aparece um trabalho deste tipo, com um nível de acabamento tão forte? De que Mossoró saiu esse trabalho?”.



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